quinta-feira, 14 de março de 2013

Manifesto


Sentimentalismo e dramatismo não são para aqui chamados!
O Museu deve ter um tema claro!
Demasiadas metáforas são inimigas da compreensão imediata.
O Museu é para todos!
Queremos ir para além do objecto propriamente dito.
O objectivo são as ideias e as histórias que estão na origem dos objectos.
Daremos mais valor a uma obra de arte, que a uma obra de arte metafórica.
A Arte será um elemento secundário.
A simplicidade dos objectos é valorizada devido à impressão imediata que causa ao observador.

Museu Nacional de História Natural e da Ciência



   
Formas & Fórmulas


·    As explicações das várias formas e os textos introdutórios à exposição estão escritos em Português e em Inglês. Os textos em Inglês estão menos destacados, devido à cor e ao tamanho da letra, que é inferior ao dos textos em Português.

·    Boa iluminação das salas e das peças. Na primeira sala, que é mais explicativa da exposição, a iluminação é geral, ou seja, a sala é bem iluminada, para que se veja todos os textos e imagens.

Nas salas seguintes, que são mais direccionadas para peças específicas, a iluminação é focada para cada peça, o que faz com que as salas sejam mais escuras (propício ao facto de nessas salas existirem projecções nas paredes).


Allosaurus: um dinossáurio, dois continentes


·    É difícil seguir a exposição correctamente sem a ajuda dos colaboradores do museu; não se sabe onde começar.

·    Os cartazes com os textos explicativos não estão muito bem realizados: as imagens existentes são coladas, e algumas pontas começam a descolar; as letras também são coladas e estão um pouco tortas; e para destacar certas palavras sobrepuseram-se letras que, por estarem um pouco deslocadas das letras já existentes, dão-lhe um aspecto acidental. Existe também texto sobreposto às imagens, o que dificulta a leitura.

·    Noutra sala, que se foca na descoberta de um esqueleto de Allosaurus fragilis e que recria o ambiente das escavações (sendo assim mais interessante que a sala anterior), existem caixas onde o visitante introduz a mão e toca em reproduções de partes de esqueletos, com o objectivo de identificar a peça apenas através do tacto. A designação da peça está presente na caixa, tapada por uma placa móvel.

Rita Prates


MUDE

Exposição Permanente


·    Ao longo de toda a exposição, existem painéis referentes a um certo período de tempo; nesses painéis encontramos textos sobre o contexto histórico e cronologias com alguns dos acontecimentos mais importantes do respectivo intervalo de tempo.
·    Existem objectos colocados dentro de cubos de acrílico, que são marcantes pela maneira como mudaram o mundo, e que hoje em dia nos parecem banais: a caneta BIC, um clip de papel, caixas Tupperware...

No exterior dos cubos podemos ler a data em que o objecto foi criado, bem como uma lista de outros objectos criados no espaço de tempo a que o cubo é referente, e sua respectiva data de criação.

·    As legendas são completas: não têm só o nome do artista e da obra, mas também a data em que foi feita e uma descrição dos materiais que a compõem.

·    Faltam algumas legendas, e existem outras que são referentes a objectos que não estão na exposição.

·    Todos os textos (cronologias, contextos históricos, curiosidades e legendas) estão escritos em Português e em Inglês.

·    Alguns dos painéis estão fora da ordem cronológica, e é preciso desviarmo-nos do caminho da exposição para os lermos. Faltam alguns acentos em vários textos e existem falhas de pontuação.


Com Esta Voz Me Visto


·    Tal como na exposição permanente, existem pequenas falhas ortográficas nos textos explicativos da exposição.

·    Cada peça tem uma óptima legenda, que contém uma breve descrição da peça, o estilista que a desenhou, a/o fadista que a usou e em que ano, e em que concerto.

·    Certas peças estão um pouco mal iluminadas.

·    A exposição tem duas entradas, e é possível compreendê-la seja qual for a entrada por onde se venha.


Rita Prates

Colecção permanente

·         A cronologia a acompanhar os textos de contextualização ajuda o espectador a situar-se na época à qual correspondem os objectos que está a observar;

·         Pequenas caixas transparentes com as datas de criação de certos objectos são uma forma interessante de passar algumas curiosidades ao espectador;

·        Os textos têm pequenos erros provavelmente criados na colocação dos mesmos nas paredes, pois estes erros são maioritariamente a ausência ocasional de pontuação e de letras;

·         Existem peças não identificadas pois com a troca de lugar das mesmas, as legendas acabaram por não ser trocadas.

·         Toda a exposição está organizada por ordem cronológica, e na passagem da década de 80/90 para 90/00 existe uma ligeira falta de organização na colocação das mesmas, fazendo com que o observador se “perca” um pouco;

·         Os manequins pretos dificultam a observação dos vestidos mais escuros, especialmente os pretos.


Nacional e Ultramarino: O BNU e a arquitectura do poder - entre o antigo e o moderno

·         Legendas no chão, apesar de serem uma ideia interessante, devido ao material em que estão feitas tendem a ficar desgastadas. O facto de se encontrarem longe da visão do observador também dificulta a leitura das mesmas;

·         Numa das salas existe um elemento de multimédia (provavelmente um filme ou uma apresentação de slides), que não se encontra em funcionamento. Também o ambiente da sala é inadequado a tal projecção pois é demasiado luminoso.


Raquel Russo

Exposição permanente


Organizada cronologicamente, começando no séc. XIX, o seu percurso faz-se da esquerda para a direita.

Em cada secção existe um contexto histórico das peças exibidas, e ainda curiosidades relativas a essa mesma época. Apesar de a ideia ser muito interessante e até cumprir o seu objectivo, por vezes é cansativa de ler: a demasiada informação acaba por dispersar a atenção do visitante.

O aspecto menos positivo é o edifício em si. Sabemos que o Museu se encontra num local que não foi construído para aquele propósito – era o Banco Nacional Ultramarino – mas parece que não foram feitos quaisquer esforços para melhorar o tecto, por exemplo. Tudo foi deixado no seu estado mais bruto e dá um ar rude à belíssima exposição que nele se encontra.

Existem, ao longo das legendas de toda a exposição, diversas gralhas gramaticais, ortográficas e de pontuação que não se admitem num Museu daquela categoria. Além disso, os textos não estão alinhados, ainda que de propósito, dificultando a leitura.

Uma vez que a exposição é modificada de vez em quando, nota-se ainda o esquecimento de identificação de determinadas peças quando se alteram de sítio.


“Com esta voz me visto – O fado e a Moda”


Distribuída pelo 1º andar do Museu, é uma mostra dos vestidos e outros acessórios usados pelas mais distintas fadistas nos seus espectáculos, ao longo dos anos. Como referido anteriormente, pesa pelo aspecto deteriorado do tecto em betão armado com fendas de humidade e buracos enormes. De resto, não há muito mais a apontar: aqui. a iluminação estava fraca, perdendo-se um pouco os pormenores; e os manequins podiam ter outra cor que não os pretos, porque, por vezes, tornavam-se indistinguíveis do que neles assentava.


“BNU e a arquitectura do poder: entre o antigo e o moderno”


Reporta-se à história do edifício onde se instala o Museu. Distribuída pelo 2º piso, está apresentada como uma “recriação” do que outrora foi o Banco Nacional Ultramarino.

As salas foram reconstruídas, estando em melhor aspecto do que o restantes locais do actual Museu. Nelas foram colocadas os seus pertences e objectos originais, como sofás, cadeiras, mesas, estantes, cortinados e carpetes, etc.

Existem ainda os desenhos e maquetes projectados para o edifício e testemunhos de pessoas que nele trabalharam em material audiovisual; este acaba por não ser visionado porque existe muita luz à sua volta e somos desviados por outros objectos que o rodeiam.

As legendas estão, na sua maioria, recortadas e colocadas no chão. Deviam ser feitas com outro material mais resistente, ou então as seções deviam estar vedadas para que os visitantes não as pisassem, porque acabam por desaparecer.


“INTERIORES: 100 anos de arquitectura interior em Portugal”


As legendas contextuais são o maior defeito desta exposição: o tipo de letra e o peso escolhido, além da cor, demasiado clara debaixo das luzes, encandeiam o espectador e são impossíveis de ler. A nível ortográfico, etc., também existem muitas gaffes que culminam com a ilegibilidade das letras.

Fora isso, a organização da exposição está interessante. Todos os objectos estão montados dentro de uma instalação em madeira, fazendo lembrar uma casa, distribuídos pelas diversas divisões.


Ana Rita Pereira


A exposição, “Único e Múltiplo – 2 séculos de Design”, está organizada de forma cronológica, no início de cada década tem um pequeno texto informativo que faz um contexto histórico e social como também tem uma lista das invenções daquele período histórico. Esta contém ainda informações adicionais numa caixa transparente, “Aqui nasceu”.

Entre as décadas de 80/90 e 90/00 existe uma confusão provocada talvez pelo orientação da sala ou pela falta de uma indicação, pois volta-se a repetir datas.

No andar de cima deparamo-nos com a exposição “Com esta voz de visto” onde se encontram expostos os vestidos dos diferentes fadistas de forma a colocar em evidencia a modernidade e tradição no fado. No espaço é possível ouvir as músicas dos fadistas ali representados. Para além dos vestidos é apresentado ao público uma mostra de folhas onde estão escritos os versos de muitos canções e álbuns antigos.

Nacional e Ultramarino – BNU: a arquitetura como imagem do poder é uma exposição que pretende dar a conhecer as peças desenhadas e produzidas pela Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS) especialmente para o edifício do BNU. Os textos informativos estão colocados num suporte que transmite visualmente a textura das ruinas do edifico. Numa pequena sala é possível ver os desenhos e as peças que foram produzidas para aquele edifício, sendo esta uma forma de demonstrar como teria sido aquele lugar anteriormente.

No segundo piso, o texto que nos dá informação sobe a exposição “Interiores – 100 anos de Arquitetura de Interiores em Portugal” é de difícil leitura devido à escolha da fonte tipográfica, talvez o texto branco e o fundo preto também não ajuda na leitura deste pois as letras parecem colar-se uma às outras tornando a leitura impossível. O recorte das letras que formam a palavra “Interiores” está apelativo e comunica o significado da mesma. A forma de expor as peças e os temas está interessante pois é diferente das outras exposições. Os textos que contextualizam as peças estão colados em madeira a cor preta enquanto a tradução dos mesmos está a cinzento é mais difícil de ler.

Eliana Gomes

CCB - Colecção Berardo



Exposição Permanente


·     O percurso é pouco evidente; é fácil desviarmo-nos do suposto caminho e deixar algumas obras por ver.

·     A brochura da exposição está bem realizada, pois tem bastante informação sobre artistas e movimentos artísticos presentes na exposição, assim como uma lista de artistas cujas obras já foram expostas no museu, como parte da colecção permanente.

·    Legendas bem realizadas e situadas.


No Fly Zone


·    As legendas estão em sítios “previsíveis”, ou seja,  o observador sabe para onde deve olhar para encontrar informação sobre a obra.

·    É fácil ver a exposição, não temos que andar “às voltas” para ver todas as peças; está bem organizada.

·    Na última sala da exposição está um ecrã onde se projecta continuamente um filme de cerca de 8 minutos. Esta sala não tem nada para além do ecrã, e torna-se desconfortável estar em pé , principalmente depois de se ter visitado outras exposições do museu.


Amplitude  – Angela Detanico e Rafael Lain


·    As obras não tem legendas no espaço físico da exposição; é através de um panfleto que nos é entregue à entrada que seguimos a exposição e conhecemos as obras.

Por um lado, é uma ideia interessante, pois permite uma explicação mais aprofundada de cada obra, e o observador pode andar pela exposição ao seu ritmo, sem ter que andar à procura de legendas.

Por outro lado, se não estiver um colaborador do museu à entrada a entregar os panfletos, é fácil o visitante passar por lá sem trazer um, fazendo com que não perceba a exposição.

·    O panfleto da exposição está bem conseguido em termos de informação: contém uma pequena biografia dos artistas, e explicações detalhadas de cada uma das obras. Porém, consiste numa folha A3 dobrada em quatro, pelo que quando está totalmente aberta (necessário para se ler a explicação das obras), não é muito prático.

·    O percurso está bem marcado e não permite “divagações”: a exposição está montada ao longo de um corredor de salas e tem dois pontos de entrada, sendo que um deles é o principal. No entanto, é possível acompanhar a exposição partindo do fim, devido ao facto de termos o panfleto.


Rita Prates


Da solidão do lugar a um horizonte de fuga

·         Legenda: Tradução do Português para o Inglês pouco coerente, pois a versão Portuguesa fala de uma cadeira, enquanto  a Inglesa fala de uma mesa. Deduz-se que esta legenda compreenda duas “salas” (visto que a segunda não apresenta qualquer tipo de legenda), sendo que nela são mencionados “toros de Umbila” que se pode supor serem os troncos na “sala” seguinte. A mesa mencionada na legenda Inglesa pode também ser a mesa que se encontra na junto aos troncos.

·         Vídeos bem apresentados nas salas, com o ambiente adequado para cativar o observador, apesar de apenas a última apresentação em vídeo dispor de lugares sentados para uma observação mais cuidada e demorada.


Amplitude

·         Desdobrável com as legendas é interessante pois acaba por tornar o observador mais um elemento mais activo na exposição. As pequenas explicações acerca das peças que seguem a identificação das mesmas contribui também para este maior envolvimento – leva o observador a procurar “resolver” algumas das peças expostas que codificam mensagens/letras.


No fly Zone – Unlimited mileage

·         Legenda distante da peça o que dificulta a identificação da mesma. O facto de se encontrar colocada numa parede branca, à primeira vista leva a crer que a peça à qual a legenda corresponde não se encontra exposta (não sendo este o caso).

·         Erro (de vários minutos) em legenda, quanto à duração de um filme apresentado em loop.


Raquel Russo


Exposição permanente


No geral, é interessante e bem estruturada. É tudo menos monótona, pela diversidade de objectos artísticos e multimédia que possuí.

As salas do Museu são amplas e iluminadas de forma correcta; as legendas e restantes informações contextuais visíveis e bem explicativas. As zonas que não são para serem ultrapassadas ou tocadas estão devidamente assinaladas/vedadas.

Perde, no entanto, pelo facto de a sua suposta organização cronológica não ser notada, na medida em que não existe um “caminho” delineado para a exploração do local; como o espaço é muito amplo, ficamos confusos e não sabemos por onde começar. Claro que num Museu deve haver alguma liberdade para o espectador se movimentar como quiser, mas há que encontrar um equilíbrio entre um canal estreito e limitado e uma abertura tão grande que uma pessoa acaba por se perder nos objectos que a rodeiam. Talvez umas setas colocadas no chão fossem uma boa opção orientadora, desde que, obviamente, tivessem o tamanho ideal (médio) e uma cor neutra para que não interferissem no que está exposto.


“Da solidão do lugar a um horizonte de fugas”

Mais uma vez, no que diz respeito à estrutura geral do Museu, as salas são amplas e agradáveis; a iluminação está bem – existem focos de luz suficientes sobre os objectos e suas legendas. Estas, recortadas e coladas directamente na parede, são um pouco pequenas demais, exigindo uma aproximação maior de quem as visiona. Nem sempre estão colocadas onde deviam; a maior parte das vezes não se encontram ao pé dos objectos a que pertencem nem estão numeradas para serem mais facilmente identificadas, por exemplo. Geram confusão e, além disso, estão mal traduzidas para o inglês.

A parte multimédia resulta perfeitamente: as salas, escurecidas, projectam os vídeos na parede como se se tratasse de cinema. Som é perceptível; não se sobrepõe aos restantes e, portanto, não perturba a passagem de uma sala para a outra.

No geral, é uma exposição um pouco aborrecida de ver; perdemos pouco tempo em cada secção pela pobreza dos próprios conteúdos. No fundo, acho que o tema não é compreendido na sua totalidade e os objetos expostos não são coerentes entre si.


“Amplitude”

A exposição, debruçada sobre o som, é constituída por objectos de diversas naturezas e está melhor organizada e estruturada do que a anterior. Exige algum esforço mental da parte do espectador compreender o tema; a linguagem tomou conta de tudo e assume diferentes formas, que nos cabe decifrar.

No lugar das comuns legendas na parede, foi projectado e impresso um dépliant (de formato A3 aberto e A5 fechado) para guiar a exposição. A informação está orientada na vertical, de modo a ilustrar o percurso das obras (tanto do princípio para o fim como ao contrário), que estão identificadas pelo nome e imagem esquemática. Embora seja uma ideia diferente e muito útil, o seu objectivo não foi cumprido a 100%. A sua leitura não é prática pois não pode ser feita dobrada. Ao abri-lo, torna-se aborrecido porque é grande demais para o efeito.


Ana Rita Pereira


Da Solidão do lugar a um horizonte de fugas

No Centro Cultural de Belém para além das salas de exposições do Museu Berardo, este tem salas de espetáculos, bares e restaurantes. A exposição tem lugar no 2 piso do CCB, inicia-se com um texto informativo escrito pelo Diretor Artístico Pedro Lapa.

As legendas das obras estão coladas na parede quase sempre do lado esquerdo relativamente à obra, tirando algumas exceções como numa sala em que se encontra exposto uma mesa de madeira e três troncos. Neste caso a legenda não está visível em relação à obra que descreve.

Numa outra sala, a obra “La Cludad en Llamas, 1994” de Eugenio Dittborn que é constituída por panos de entretela sintética, um deste panos que constitui a obra está mal posicionado em relação às outras partes. Desta mesma divisão é possível ver o vídeo que está a ser apresentando na sala seguinte, pois este ocupa uma posição diagonal e as suas dimensões são visíveis a uma distância considerável.

Num pequeno corredor é projetado, numa das paredes, um vídeo e na parede oposta a esta está um espelho colocado de forma a refletir o que é projetado na outra. Mas o espaço torna-se pequeno para que o vídeo seja bem visto pelo observador.

Na sala seguinte, é apresentado um frigorífico que foi apedrejado e os vídeos que representam esse acontecimento. Estes vídeos estão de frente um para o outro colocando o visitante a olhar de um lado para o outro, torna-se uma ação interessante e confuso em simultâneo.


Amplitude

Amplitude de Angela Detanico Rafael Lain é uma exposição que se torna de difícil perceção sem o panfleto informativo. Esta tem duas entradas, sendo que a primeira peça “Mean Sun” onde figuram três pirâmides que apresentam as sombras do percurso do Sol.

É uma mostra que pretende levar o espectador a pensar e a refletir pelas obras que se vai deparando, pois estas têm significados ocultos que só podem ser desvendados pela compreensão das legendas que se encontram no cartaz, e não nas legendas habitualmente colocadas nas paredes.

As obras representam simbolicamente uma linguagem que necessita de ser traduzida, são jogos entre a peça e o observador. É sem dúvida uma exposição interessante e diferente, pois foge aos tradicionais modelos pelo modo como se apresenta e comunica com as pessoas que a visitam.


 No Fly Zone Unlimited Mileage 

Uma exposição, no piso 0, que pretende comunicar a partir das suas obras o sentimento de liberdade e de orgulho do povo. A experiência artística de Angola depois da guerra e o testemunho das mudanças são a temática desta mostra.

Na entrada existe uma parede pintada a azul, por trás desta é possível visionar um vídeo, esta não se encontra bem legendado. Outras peças são constituídas com recortes de jornais e acontecimentos da época. Estas obras estão bem conseguidas visualmente, pois as dimensões e os espaços que ocupam chamam a atenção.

No fundo da sala é projetado um vídeo, “My African Mind” de Nástio Mosquito que prende observador pela sua realização e som mas neste local deveria existir bancos para as pessoas poderem visualizar com mais calma e atenção o vídeo.

No fim do vídeo temos que atravessar as salas já vistas para sair da exposição, este pode ser um aspeto positivo pois podemos voltar a ver a exposição tendo em conta o que foi visionado anteriormente.


Exposição Permanente

É apresentada a coleção do museu ente 1960 até aos dias de hoje. A exposição segue uma ordem cronológica de acordo com os movimentos artísticos mais significativos. Mas esta ordem é de difícil perceção pois estes períodos não estão identificados convenientemente.

As salas e as suas obras estão expostas de uma forma confusa e sem indicações. Algumas obras tinham uma linha preta marcada no chão que pretendia indicar ao público para não passar dessa linha até à obra mas por vezes eram complicado pois as legendas das peças estavam colocadas ao lado e eram de difícil leitura.

Tratando-se esta a exposição mais significativo do museu deveria estar mais bem identificada e de fácil compreensão para todos.

Eliana Gomes

segunda-feira, 11 de março de 2013

Museu


Nos pressupostos da criação de um museu imaginário, introduzido por André Malraux em 1947, penso que o mais sensato seria tentar definir, primeiro, o conceito de museu. A palavra, um substantivo masculino é, no seu sentido mais literal, é uma colecção de coisas várias; local onde se reúnem curiosidades de qualquer espécie ou exemplares científicos, artísticos, históricos, etc. A sua origem é do grego e significa “templo das musas” sendo que é também definido como o lugar destinado ao estudo das ciências e das artes. Os museus modernos, tal como hoje os conhecemos, “nasceram” no séc.XVII a partir de doações de colecções particulares.
O ICOM (International Council of Museums, fundado em 1946) define Museu como “uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que promove pesquisas relativas aos testemunhos materiais do Homem e do seu ambiente; adquire-os, conserva-os, comunica-os e expõe-nos para estudo, educação e prazer.”
O Museu dá, então “uma nova forma de olhar”, que deve ser questionada. Daí o conceito de Museu Imaginário: um museu que pode ser qualquer coisa; um museu imaginado e somente existente na cabeça do seu criador.
Malraux considerava que a relação entre as obras de arte e as suas imagens era limitada e incorrecta, isto é, que as reproduções não representavam fielmente a obra e que, portanto, o espectador não a conhecia como ela de facto era. Assim, a problemática do Museu Imaginário reside na necessidade de lhe encontrar um lugar não-fixo; ele tem de ser algo que transcende tudo o que é físico/material. O seu papel é o de uma valorização acrescentada das suas colecções; confere-lhes, assim, uma estima que é intemporal e sem espaço delimitado, o que, aliás, tem a ver com a própria noção de obra de arte e a sua permanência/existência. Cabe-nos a nós, como designers, romper com a ideia que se tem de Museu e instalar uma nova, que reflicta essa dimensão intemporalidade da arte.
A pesquisa aqui contida constituir-se-á sobretudo como um relatório de análise das exposições patentes em Museus portugueses visitados pelo grupo. Essa análise é sobretudo crítica, não tanto no que diz respeito aos conteúdos, mas na importância da boa organização e estrutura dos mesmos no espaço Museu. Além disso, quando for apontado um aspecto menos positivo, e sempre que for possível, este deverá ser acompanhado por uma outra solução mais eficaz.

Ana Rita Pereira

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